(RE)INÍCIO… E AGORA?

Hoje completou-se o primeiro dia de um novo governo…

O que aconteceu de novo? Nada… Mas podia ter acontecido!

Na verdade, a acreditar nas “boas intenções” do líder do Partido Socialista, podiamos estar a ser governados por um governo de coligação… com todos! Tipo aquela receita do bacalhau… Uma receita bem à portuguesa!

Mesmo sabendo que tudo não passou de um absurdo criado com a intenção de “manietar”, o mais depressa possível os discursos de uma oposição muito diversificada, utilizando um argumento que na verdade serve de igual modo para toda a oposição! Também muito à portuguesa se pode dizer que o Eng.º Sócrates tentou “matar dois coelhos com uma cajadada só”.

O que esta proposta de governo com todos nos indicou foi que muita coisa vai mudar… Mas nada do que devia mudar irá sofrer alterações! A política espectáculo vai continuar e em alguns períodos até vai aumentar. Por tudo e por nada se farão anúncios pomposos, com passadeiras vermelhas e fundos verdes… muita comunicação social, especialmente a mais disciplinada…

Mas este espectáculo terá agora uma de duas nuances: ou os anúncios contam com o apoio de algum dos partidos da “oposição” que neste caso deixam de lado a oposição e passam a ser apoiantes, ou a “oposição” vai ser acusada de não apoiar medidas que vital importância para o País…

Acentuar-se-á a tendência de “embrulhar” todas as medidas governativas com um papel dourado, bem brilhante, para apresentar em cerimónias ainda mais brilhantes, mesmo que o assunto seja algo inútil para a esmagadora maioria dos Portugueses.

E daqui não vamos sair até uma qualquer eleição legislativa atribua uma maioria confortável a um partido ou até que dois partidos (leia-se as pessoas que integram os órgãos de poder dos partidos) parem de se fazer “inocentes” e assumam que querem ser poder a qualquer custo… tal como o Eng.º Sócrates o faz!

Até porque é evidente para muitos que algumas das políticas levadas a efeito nos últimos quatro anos convêm, descaradamente, ao maior partido de oposição que assim vê muito do trabalho que não tem coragem de fazer ser feito por outro partido… Mesmo sem saber quando será poder para tirar o “seu” proveito de todas essas medidas.

O problema é que o País não para… e as pessoas que nele vivem não podem continuar com os mesmo problemas de sempre na justiça, no trabalho, na saúde ou na educação. Em qualquer uma destas áreas os problemas são muitos e o mais dramático é que o próprio governo (o anterior) não soube apontar soluções.

Mas se acreditarmos na nova ministra da educação e estendermos a sua resposta a uma pergunta de uma jornalista, todos os problemas, incluindo os dos professores e os das escolas, serão todos “bem” resolvidos…

Bem ou “a bem”, espero é que ainda se vá a tempo de salvar alguma coisa! Porque “a mal” já o governo anterior tentou… e nada conseguiu.

Paulo Gomes da Costa
2009.10.27