ESTÁTICA E MOVIMENTO

12 de novembro de 2008

E AO TERCEIRO DIA...

Ouviu-se a opinião de alguns Pais!

Só de alguns Pais, devo dizer! Na verdade as pessoas que falaram para a comunicação social representam apenas alguns Pais: os, poucos, que ainda se revêem na CONFAP e nas Associações de Pais que a apoiam!

De fora desta opinião ficam todos os que não estão nessas Associações e os Pais e Encarregados de Educação que, sem participar nas Associações, não deixam de ser Pais, podendo por isso mesmo ter o direito à sua opinião, não apenas como cidadãos mas como Pais!

E se no sábado foi a Sr.a Ministra da Educação que fez centrar em si todas as atenções para defender as politicas educativas do Governo, no domingo foi a vez do Sr. Primeiro-ministro fazer o mesmo. Não restava mais do que ao terceiro dia, segunda-feira, algum representante dos Pais fazer o mesmo...

Nenhuma novidade... A estratégia sempre esteve muito bem afinada em situações semelhantes!

Sob o que foi dito nenhuma novidade. As declarações dos representantes de Pais citados num artigo do Jornal de Noticias de hoje (11 de Novembro de 2008) não apresentam relevo de espécie alguma. Afirma-se o politicamente correcto, deixando adivinhar muito facilmente de que lado estão estes Pais.

Reafirmar direitos legítimos e elementares dos Professores e a afirmar que ao defender os seus interesses os Professores estão também a defender o interesse dos Alunos não será novidade. O problema é que pode induzir os leitores menos atentos a estas questões em erro ao acreditar que as posições destes representantes se conseguem resumir a um conjunto de frases feitas e devidamente estudadas para ser ditas nestas oportunidades e que têm a virtude de não chocar com as posições do Ministério da Educação ou com os Professores...

Mesmo assim é apontado um pequeno senão a uma das formas de luta que se poderá verificar no futuro: o caso de haver uma greve de Professores não haverá lugar para dizer que será legítima, que a Constituição o permite e outras verdades semelhantes... Neste caso há uma preocupação com o prejuízo que pode trazer aos alunos. A greve, em defesa dos direitos dos Professores, já não servirá para defender os direitos – e interesses – dos alunos!

Por fim o apelo à calma... Parece-me que será mais um pedido aos Professores para que se submetam às vontades do Ministério e acabarem com esta luta pelos seus interesses.

Não sendo esta questão do ECD, da avaliação dos docentes ou outras como o Estatuto do Aluno, questões recentes, não percebo como só depois de mais uma imensa manifestação de Professores se vem apelar à calma e ao diálogo. Lamento dizê-lo mas o assunto não caiu assim de repente na vida dos portugueses! Ou estes representantes dos Pais não deram conta disso?!

Mais uma vez se verifica que alguns só falam quando os mandam falar ou quando os deixam falar...

Consultar: Notícia no Jornal de Noticias

Paulo Gomes da Costa
2008.11.11

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