ESTÁTICA E MOVIMENTO

22 de fevereiro de 2010

O PATRANHEIRO


Consultado o dicionário da língua portuguesa, tomamos o significado de patranheiro, nem mais, significa mentiroso, nem de propósito.


Depois de ouvir um ilustre com canudo e tudo, que achava que Portugal era um deserto para lá do Tejo, dizer que o primeiríssimo é alvo de uma patranha, curioso fiquei em saber tal significado.


E não é verdade que é mesmo! Patranha significa mentiroso. Depois de todos sabermos que se formou via fax, de durante quatro anos nos iludir com promessas vãs, continuamos a aguardar que uma notícia saia nos média, em que pelo meio não ande por lá uma patranha, ando mais calmo e sereno. Ficamos, ou talvez não.


Ora hoje, ontem e amanhã, nunca saberei nada de nada, sobre o que se passa no país. As notícias dizem-nos que ele é especialista na mentira. Que mente, volta a mentir. Ok, mentiu mais uma vez.


Dizia ele que no país a crise não entrava, e em crise entrou, mais tarde que já tinha saído da tal, afinal por lá se mantém, terminando com ameaças da tal se não por ele forem, mas contra ele serem.


De escuta em escuta nos apercebemos das diabruras de tal estadista. Já nada nos espanta.


Espanta os seus correligionários seguidistas que para defenderem o seu “laboro”, conhecendo as realidades, continuam a prestar vassalagem a quem já o reino perdeu. Mas isto são lamechices, patranhas ou desertos e seus pregadores.


Esperamos uns meses e lá saiu o rol de despesas, com ameaças sobre as ilhas a preceito e mais despesas por lá virão. Continuaremos a ter empresas a fechar, impostos a aumentar mesmo que digam o contrário, desemprego a aumentar, poder de compra a perecer, subsídios a jubilados insuficientes, mas a bem da nação euritos haverá sempre para o rendimento de inserção. Inserção? Não! Aqueles.


Sobre trabalhar a terra nada, apenas está feito, eu fiz e ninguém me pediu. Novidades para os nossos alunos, nada, excepto o acordo com os professores, mas isso não são educação, mas sim entendimento entre patrão e empregado. Justiça, a vergonha do país, acabem com ela porque o que está a acontecer, é tudo ao monte e….o supremo e o geral, nem leram, não querem perder e toca a mandar as tais arder. Ainda bem que alguém se esmerou guardando-as para agora as conhecermos. De empregos já falamos, Cultura, que é isso, intelectuais? Não nos apoiam, pois então, assim ficam. Na Defesa, o caso são os submarinos e nem a costa defendem. Na Administração Interna os defensores do povo só atrapalham e o que é preciso é não escutar, ou será escutar? No Ambiente, se não fossem as eólicas nem se sabia que existia tal. Vá lá que o estrangeiro está imune, pelo menos parece. E assim vai a composição governamental dum país que não está em crise. Não está? Não, diz o primeiríssimo e seguidores.


E os que saíram? Ranho e baba à espera de um lugarzito. Talvez para substituírem aqueles que “encornaram” o outro.


E nós, povo, cá estamos, estaremos alegres e satisfeitos sem o metal para viver, e acreditando que acreditamos em tamanhas patranhas. Mais, agora convencidos estamos, depois de quatro meses, o primeiríssimo ter dito que ia governar.


Afinal o que andou ele a fazer este tempo todo? Alô…Escuto…escutas?


A. Boleto Fonseca

2010.02.15