ESTÁTICA E MOVIMENTO

26 de abril de 2007

CARTA AOS PLEBEUS
Parte III


Oh querido
Tá ver
Atão não acha que tá certo!
Veja bem... se não pode eu vou lá.
Então vá, querido, vá.
Querido... olhe que não... tá ver.
Vão-me obrigar a usar o ancinho...? Sim o ancinho.
Ah! Querido
Não pode... não pode ser.
Pode, pode.
Acreditei neles, tá ver.
E a bomba de água?
Tamos a falar de quê? Oh, tamos a falar de borrego.
Gosto querido, gosto.
O quê! Vão matá-los? Na aldeia da minha avó havia muitos. Como é... querido como é que se diz... isso, rebanhos... isso. Ai a minha cabeça.
É das andanças, andanças.
O que eu gostava, ta ver, era da matança do porco.
Aquelas fêveras, fresquinhas... na brasa. Era cá cada brasa, tá ver.
Os marotos, os outros proibiram tudo.
Ainda bem, é a higiene querido a higiene, sim, sim a higiene.
Já viu, aqui na linha, sim, ou na península, mesmo na marginal. Tá ver.
Nada dava certo.
Não dava e não dá, querido.
Agora tá a ver-me de ancinho e sachinho.
Sim a tratar da horta e dos jardins, sim dos jardins.
Lá vou ser indelicado com ele.
Mas não tá tudo mal, sempre chega algum, durante esse tempo.
Olhe eu, pra mim, sim olhe para mim!
Tenho de me virar para o ter.
É de lado, é de frente é de costas, viro-me e reviro-me, até de cócoras. Sim cócoras... as conchas... sim... na praia, querido.
Tá ver, tenho de alimentá-los.
Ah... isso sim é diferente.
Até lá,
Até lá...
Não, não posso...
perde-lo... o avião... sim o avião, tá ver.
Sim, sim,
Perdi o acesso, o acesso, sim, sim o acesso.
Tá...Tá...
E esta... olha, olha, atão não é que...como faço as partit..? Vêm-me cá estes intelectuais da...

A. Boleto Fonseca
2007.04.26

25 de abril de 2007

CARTA AOS PLEBEUS
Parte II


Mais te direi em seguida...
Parado e seco,
Remexido e húmido
Olha o odor
Então com este calor é muito mais activo.
Divagas.
É, divagar, divagando.
Sabes muito bem que 3+3+3 são 9 fora nada.
Sim e depois?
Depois acho muito, mas mesmo muito, muito bem.
O quê pá?
Tudo, estou de acordo com o apresentado, apesar de...ter me responsabilizar por não ter dado o apoio e os contributos para que me mandataram, mas sabem como é.
O emprego, a família, e logo por azar mudanças e mais mudanças.
Como sabem estou nisto para ganhar amigos, e ser solidário.
Pois, solidário.
Primeiro solidarizaste-te com os inócuos, depois com os faltosos, mais tarde com os autistas, e por fim com os demissionários demitindo-te.
Ah, não foi por fim, porque no finalzinho, já dizias que devido a isto e mais aquilo não estavas nada demitido.
È a vontade do freguês!
O outro também se evaporou nas profundezas das águas, e posteriormente após as mesmas estarem sugadas, regressa dono e senhor de tudo, como se nada se tivesse passado.
Passou, passou.
Por escrito pediu a suspensão do mandato!!!
Verdade? Verdade!
Não gosto da observação. Isso é comigo?
Já vou.
Vou abrindo caminho.
Quê, nesta altura do ano é que pensas limpar a neve? Já derreteu!
Mela-te com este mel...
O tal, acha-se uno.
Então?
Se se fala de tabagismo é um ataque pessoal.
Até lá...
Mais me dirás…
Naturalmente.

A. Boleto Fonseca
2007.04.24

24 de abril de 2007

CARTA AOS PLEBEUS

Então amigo... o que se passa lá prás C’ps?
E .. eu sei!
Só sei, que nada se sabe, melhor, quer-se que nada se saiba.
E então é assim?
Dizia o + popular do concurso televisivo: se não és por mim...?
Pois.
Então é isso!
Sabe-se lá.
Parece.
Fala-me direito.
Direito e directo.

Ordenham-se as vacas, trata-se o leite, produz-se seus derivados e alimenta-se o povo.
Fala-me direito.
Direito e directo.
Mugem-se as cabras, trata-se o leite, produz-se seus derivados e alimenta-se o povo... com requeijão.
Fala-me direito
Direito e directo.
Do exterior vieram as ordens e o mais pequeno dos oficiais cumpriu.
Fala-me direito.
Direito e directo.

São aterros sanitários sem engenharia, são adubos sem matéria orgânica, são aulas de linguística sem professoras, são prestações de contas sem economistas, são cargas e descargas sem estivadores, são cumpridores da lei sem legisladores, são formados em formadores sem canudo, enfim é tudo sem nada.
Bolas... Fala-me direito.
Direito e directo.
Une os pólos e certifica-te que um é (+) e outro é (-).
Vá lá traduz.
Vou traduzir.
Na próxima direi o e a que assisti.
Para adocicar vai a primeira em primeiríssima.
A prima dona não sabe do que se fala.
Como?
De momento é de como se aplica sanções aos desprotegidos para se calar outros, não tão, mas que também, já penalizados foram com o Enunciado, o Catalogo e o Diploma.
Até à próxima.
Mais te direi em seguida...

A. Boleto Fonseca
2007.04.23

18 de abril de 2007

O ESCONDIDINHO INTOCÁVEL

Banco é
___Cadeira foi-se
______E o martelo
_________Do juiz

Julga-se
___Dono

______da verdade
_________Nua e crua

É mentira
___Tudo o que diz
______E que julga mandar
_________Para as urtigas

Todos coçar
___A comichão
______Dolorosa e grossa
_________Vai ser

A conta
___Que vai pagar
______Devagar
_________Devagarinho

Duma só vez
___Fugirá
______Escondendo-se
_________Na cave

Do arquivo
___Electrónico
______Sem faísca
_________E com o choque

Estremece
___Desfazendo-se
______Em mil bocados
_________Ou farinha

Para animais
___Engordar
______Sem custo extra
_________distancias lhe irão pagar

Para sustentar
___Delírios
______No jardim
_________Desta primavera

Se julga
___E afundará
______Em poço seco
_________Ou numa redoma

Ficará.
Para sempre

A. Boleto Fonseca
2007.04.18